Bom dia minhas caras pálidas, como vai isso? Estava ansioso por vos escrever, mas tive que me aguentar até ao dia do Carnaval porque vocês simpatizam muito com máscaras e homens casados vestidos de Pocahontas.
Mas primeiro quero expressar-me, por uns momentos, sobre o Dia dos Namorados, um fenómeno que ocorreu no passado dia 14 e que basicamente é como o Carnaval (tem máscaras, palhaços e outros elementos queridos e fofos). Eu, como tenho muita experiência no que toca a relações e como tenho, também, muitas namoradas aqui, no estrangeiro, na Ásia... Posso explicar-vos o que torna este dia dos pombinhos tão especial: nada. É isso mesmo, o Dia dos Namorados é igual a outro dia qualquer para um casal, só por dizer que se tem de gastar dinheiro num presente especial e passar o dia a dizer frases carinhosas até um dos dois vomitar. Torna-se num jogo engraçado, e passa-se ali uma tarde que é obra. Como eu vi que vocês não acreditaram que eu tenho uma vasta experiência no que toca a mulheres e relações, vou esclarecer tudo: ora bem, eu tenho uma namorada. E ela até nem é difícil de agradar, pede pouco e também não fala muito, maravilha. O pior é que, como ela gosta muito de brincar às escondidas nós quase nunca nos vemos. Chama-se Maddie, é um amor. Aproveito também para dizer que os padres (já vos oiço a respirar fundo com medo do que aí vem, tenham calma, o Bruninho só diz coisas bonitas) aproveitaram a onda de calor que se fez sentir na Arrentela e foram com os seus companheiros, depois de os terem ido buscar à creche, passar a tarde à Toys'r'Us. Bem, vamos ao Carnaval? Vamos pois!
Ora hoje, dia 21 celebra-se em todo o globo o dia de Carnaval e confesso que não via tanto palhaço desde que fui à Assembleia de República. E eu até gosto desta época, não só por poder concretizar todos os meus fetiches (que junta sempre chantilly e matrafonas do Rio de Janeiro), mas também por poder ver os fetiches dos outros. O mais giro é andarmos na rua muito tranquilamente e do nada aparecer um estranho, onde a única parte do corpo visível e que podemos perceber que, de facto é um ser humano, é a testa. E que, das duas uma, ou está mesmo a festejar o Carnaval e a mexer o corpo num ritmo esquisito ou está a ter convulsões e a precisar urgentemente de um transplante de rim, mas daquele rim mais verde. E tudo isto se passava bem se não fosse o fenómeno do ruído dos apitos e buzinas da malta que anda com o diabo no corpo e a festejar o Carnaval como se fosse o último Carnaval do ano (ainda há a festa de aniversário do José Castelo Branco, que também envolve apitos, bonés e calda de tomate). E quer dizer, num dia normal não se pode apitar de carro à noite porque as pessoas interrompem o sono e merecem descansar, nestes dias é ver quem faz mais barulho e tentar acordar o Kim-Yong-IL que está a brincar à apanhada com a Whitney e a comer Oreos, mas isso fica para outra altura.
Por hoje já chega, os que ficaram até ao fim recebem um panda com seis doenças diferentes e um frasco de pirilampos. Até para o mês que vem, e lembrem-se de dar comer aos peixes. Fiquem com uma foto minha no Carnaval de '67 numa loja de doces na Tailândia. Força!

Sem comentários:
Enviar um comentário