domingo, 30 de junho de 2013

Férias & Divagação

Bom dia, boa tarde ou se estiverem na Mongólia, árvore. Como sempre, escrevo a crónica no último dia do mês só para terem uma noção do sentido de responsabilidade com que se trabalha por aqui. Mas desta vez tenho uma desculpa, e não é inventada. Estive de férias, é verdade, rumei ao Algarve "com o intuito de descansar". Eu adoro as pessoas que dizem que vão para o Algarve para descansar, para além de mentirem às outras pessoas também se iludem a elas próprias. Ora bem, quem vai para o Algarve sabe que faz tudo menos descansar, vejamos: de dia é para nadar na piscina ou no mar, logo aí o esforço físico aumenta, à tarde é para andar a passear pelas avenidas à procura de recordações para colar no frigorífico até as pernas começarem a inchar e ficarem do tamanho de um pneu, e à noite quando queremos dormir, as gaivotas lembram-se de fazer uma sinfonia digna de serem abatidas por uma caçadeira, mas não seria uma caçadeira normal, não senhor, era daquelas com os cartuchos em forma de Paula Bobone que dói mais. Outra coisa que adoro na praia são as crianças, mas isso é em qualquer praia, não precisa de ser no Algarve. E eu até tenho uma teoria, que é: as crianças estão normais até chegarem à praia, assim que metem os pés na areia, o diabo invade o corpo delas, tipo Carlos Cruz, e a partir daí começam a correr em todas as direcções como se fossem vitelos acabados de nascer. E temos os clichés que já toda a gente sofreu, desde correrem a um milímetro da nossa toalha deixando-a cheia de areia, até entrarem no mar que nem galinhas sem cabeça salpicando as pessoas que estão para entrar na água há algum tempo, mas que adormeceram com o frio. Acho tudo muito giro e no meio disto tudo onde se descansa? No carro ao regressar a casa, claro.
No dia 1 de Junho celebrou-se o Dia da Criança, e um passarinho contou-me que Carlos Cruz foi comer fora, mas hoje em dia não se pode confiar nos passarinhos.
Antes de fechar, quero salientar a coragem do Daniel Oliveira de entrevistar o Jorge Pina, o ex-pugilista que ficou cego, no "Alta Definição", e esperei até ao fim para ver se o Daniel perguntava "o que dizem os teus olhos?" ao Jorge ou ao cão guia. É preciso ter coragem para fazer aquele tipo de humor. Toda a entrevista foi um carrossel de emoções e notava-se no batom do Daniel Oliveira que tentava desviar da conversa o verbo "ver". Para a próxima deviam fazer uma entrevista à Fanny numa casa de leitões.
Para acabar vou contar-vos um segredo. Sabem porque é que o Cláudio Ramos se apercebe melhor das coisas? Porque tem o olho mais aberto. Abraço!


Sem comentários:

Enviar um comentário