Era este o meu pensamento até há bem pouco tempo. Só até eu ter a infeliz ideia de ligar a televisão em horário nobre, e a partir de uma certa hora, os quatro canais básicos das pessoas pobres (não digo nomes), lembrarem-se de transmitir as mesmas imagens numa sessão de tédio e velhos suados a usarem fraldas Lindor e a andarem pelo país que é obra! O que me chamou mais a atenção e fez com que eu tivesse actos suicidas ao ver tantas caras flácidas foi ver o belo vídeo do senhor José Manuel Coelho, o dito cujo da Madeira que se pôs a abanar a bandeira nazi todo contente à uns tempos. Ora, o vídeo de campanha deste senhor é... Como é que vos hei-de explicar? Estão a imaginar o resultado do choque a alta velocidade entre a senhora gorda dos morangos com açúcar a arder e uma bomba de gasolina? É esse o estado dos dentes do Mandatário do senhor Coelho, e com aquela espécie de gorro só fabricado na Etiópia com unhas dos pés de gente com fome. Dá mesmo vontade de, por acaso e coincidência, deixar cair uma frigideira com óleo a ferver nas bochechas fofas dele. Já o senhor Coelho, durante o vídeo, fala sobre alguma coisa, que ninguém percebe (pelo menos o pessoal do continente), visto que o tipo de fala deste senhor é como os Egípcios, é com símbolos. O que aparece em primeiro lugar no vídeo é o nome da criatura, em estilo estúpido com o fundo e o tipo de letra igual à da companhia de filmes Universal, o que é sempre agradável visto que se avizinha um "filme" que nem o raptor da Maddie se lembraria. Depois eis que surge a frase: "Um homem corajoso". Acredito que seja, para fazer esta figura perante todo o país. E minha gente, não é este tipo de pessoas que nós queremos para a Presidência. Olhem levem para lá o Ruca que é careca e intimida, ou o Renato Seabra que assim que alguém fizer alguma acção que for contra a Constituição, lá vai ele à cozinha buscar o saca-rolhas. Pronto, lá vão vocês dizer: "Bruno, lá estás tu com as criancices! Deixa lá o homem..." Pronto desculpem. Para não estar a bater sempre no rapaz, como ele bateu no velho, passemos então para o segundo tema de hoje: magros. Adoro magros, aliás, orgulho-me dos meus vinte quilos. E as pessoas como eu sabem das vantagens absolutamente fascinantes que possuímos como andar à chuva sem nos molharmos, cumprimentarem-nos simpaticamente com um pancada nas costas e deslocarem-nos a omoplata, e a mais fascinante de todas é quando as outras pessoas reparam nas nossas costelas que estão prestes a rasgar a pele e a sair do nosso corpo, e confundirem-nas com seios. Outra aventura que também podem fazer e que está na moda é quando vamos fazer uma radiografia. Basta uma câmara fotográfica, tiram-nos uma fotografia com flash e está despachado, vê-se tudo.
Bom, vou-me embora para Belém para garantir lugar na fila da frente da sala, porque quero ver a muda das fraldas dos candidatos, fiquem com a foto das alminhas de que vos falei. Força.
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