Merci & Popota

Boa tarde! Há tanto tempo que a gente não se avistava! Tinha saudades de escrever aqui.. E vossas também, mas não muitas. É que vocês transmitem-me doenças.
Ora bom, esta semana que passou estava carregadinha de acontecimentos que até me fazem coiso e que eu nem sequer me vou pronunciar acerca deles pois estaria a meter-me onde não sou chamado e não me pagam para fazer isso, aliás nem sequer me pagam, portanto têm sorte em eu estar aqui. Bom, vamos lá passar à acção e mandar abaixo mais uns senhores. Não sei se já repararam, eu infelizmente já, naquele anúncio televisivo em que está um casal no aeroporto, e aparentemente a senhora vai viajar e está a despedir-se do companheiro ou namorado ou amigo íntimo ou um caso como o que eu tenho com uma senhora do Porto que me dá comprimidos. Até aí tudo bem, continuei a brincar com as minhas barbies em topless (o action man estava já cansado). E é então que uma cena naquele anúncio me chama a atenção: então não é que aquela besta de companheiro, com tanta coisa para dar à rapariga inclusive: um saco daqueles giros e castanhos para ela vomitar no avião, uma almofada para a cabeça (para ela aguentar as saídas dele enquanto está fora sem tombar com o peso da cabeça), um par de luvas (porque estou com frio nas mãos) enfim, tanta coisa para o senhor cavalheiro dar à sua amada, mas não em vez disso, aquele cérebro que deve ter saído num cruzamento entre um cão cego e uma chinchila marreca que entretanto a mãe dessa chinchila era um pónei e o pai um anão, lembra-se de oferecer à moça uma caixa de bombons com o nome 'MERCI'. Quer dizer, para vocês não deve ser nada, mas vocês só aparecem quando é para gozar e falar mal. Vejamos: em primeiro lugar se a viagem for mais de 15 minutos de voo, a estado dos bombons ficam piores que a cara do excelentíssimo senhor Cavaco Silva a comer bolo rei. Em segundo lugar o nome dos bombons é Merci, que traduzindo dá uma coisa do género: obrigado. Ora ela vai-se embora e ele diz-lhe 'obrigado'. Se a queria mandar embora fazia como os pais da Maddie e acabava com o assunto de uma vez. Vê-se que é amor. Em terceiro e último lugar, há que frisar o gesto espectacular de mímica que ela faz com a caixa de bombons enquanto sobe nas escadas rolantes, em que o homem ao ver aquilo através do vidro, chega a pegar no telemóvel para ligar para uma ambulância pois parecia que estava a dar alguma coisinha má à criatura. No fundo é uma tarde bem passada.
Meninos, meninas e a senhora de sessenta e tal anos semi-nua, eu sabia que tinha um desabafo para convosco, ainda relativamente à época natalícia, que é o seguinte: acho muito bem fazer-se aqueles espectáculos de natal para os doentes nos hospitais, e para que os seres humanos normais possam ver (vou ser processado). Isto é tudo muito fofo até aqui. Até que há uma besta que se lembra de criar mascotes para alegrar o pessoal! E nada melhor do que uma avestruz amarela com 3 metros e que salva o mundo todos os natais com os putos de 'Uma Aventura' (sim, sei que não são eles, mas vocês riram-se. Ou pelo menos tentaram), e o nome daquilo é Leopoldina. A outra mascote chama-se Popota e é uma hipopótama gorda e cor-de-rosa com quatro dentes que dança o waka waka e faz duetos com o Tony Carreira, vê-se que progrediu na profissão. Logo, com isto quero dizer o seguinte: não basta as crianças saberem que têm duas horas de vida, como também têm de morrer a ver aquelas duas tristezas. Eu que não estou doente custa-me, imagino elas, taditas. Bem, afasto-me daqui e de vocês também pelo cheiro que vocês colocam no blog, mas também porque tenho de ir às finanças tratar da matrícula do cão. Fiquem bem e não se esqueçam de ligar para a missão sorriso. Último desafio: vejam a imagem que se segue e tentem conseguir dormir logo à noite. Um, dois, três começa!